
Deus habita entre nós
O 32.º Domingo do Tempo Comum ocorre, neste ano, na data da Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, um evento de consagração que remonta ao ano 320. É a sede do Papa, como Bispo de Roma, sendo considerada a “mãe de todas as igrejas”, um símbolo das comunidades cristãs ao redor do mundo, unidas sob a liderança do sucessor de Pedro. Somos convidados a refletir que a Igreja de Deus é, atualmente, no seio da sociedade, a habitação de Deus, um testemunho vivo de Sua presença.
A primeira leitura de Ezequiel nos assegura que Deus não se afasta de ser um amigo acolhedor e confortante na jornada da humanidade, concedendo abundância de vida à humanidade aflita. Essa é uma mensagem de esperança que devemos manter sempre em mente. Conflitos, injustiças, perturbações sociais, crises econômicas, escândalos que abalam nossa confiança nas instituições, a decepção com os líderes a quem nos submetemos, as notícias irritantes sobre escravidão e tráfico humano, e a degradação dos valores e do respeito pela vida humana cultivam em nós sentimentos de desespero e frustração, insegurança e vulnerabilidade, solidão e abandono.
Para nós, que cremos, a certeza de que Deus vive entre nós e continuamente derrama vida em nós é um chamado à calma, à confiança e à esperança. Devemos testemunhar, diante dos que nos cercam, essa certeza que nos inspira.
<pNa segunda leitura, São Paulo declara que os cristãos são o templo de Deus, onde o Espírito Santo nos motiva a sermos a presença viva de Deus. Em nossas casas, no ambiente de trabalho, entre amigos, e nas comunidades cristãs e religiosas, devemos ser o rosto acolhedor e alegre de Deus, as mãos solidárias de Deus, o coração bondoso e gentil de Deus.
O Evangelho nos ensina que podemos reconhecer Deus ao observar Jesus. Nas palavras e ações de Jesus, Deus se revela e expressa Seu amor, nos oferece uma vida plena, caminha ao nosso lado e nos guia em direção à salvação.
O culto verdadeiro que Deus anseia não são rituais solenes e grandiosos, muitas vezes vazios e infrutíferos. O que Deus valoriza é uma vida que se orienta pela escuta de Suas propostas, manifestada em ações concretas de doação, entrega e serviço simples e humilde aos outros. Quando abandonamos nosso conforto e autossuficiência para atender o necessitado, o marginalizado, o estrangeiro, o enfermo, estamos respondendo de forma “litúrgica” ao amor e à generosidade que Deus tem por nós. Estamos sendo uma Igreja ativa, como o Papa Francisco nos pediu, sempre transformados pela Palavra e pela Eucaristia.
Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org
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