
Reviver a fé com paixão
O Evangelho deste 33.º Domingo do Tempo Comum nos convida a refletir sobre a jornada que a Igreja deve trilhar até a segunda chegada de Jesus. Em meio a provações e perseguições, sempre com o apoio e a força divina, os seguidores em sua trajetória histórica são instigados a se comprometer com a mudança do mundo, para que a velha realidade se dissipe e o Reino de Deus possa emergir como uma nova realidade.
Jesus nos menciona sinais do final dos tempos: “povo se levantará contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos e em muitos lugares, fomes e epidemias”.
Nossa contemporaneidade também apresenta sinais semelhantes. Existem epidemias severas, conflitos bélicos e graves atentados contra a vida e a dignidade humana. Várias situações podem ser exploradas para manipular o pânico e a ansiedade das pessoas. Diversas seitas surgem, além de aparições de todos os tipos, embora apenas algumas sejam reconhecidas pela Igreja.
A busca pelo espiritual muitas vezes se manifesta em uma necessidade de sinais milagrosos e previsões sobre tudo e nada. Atualmente, não faltam feiticeiros, videntes, cartomantes, astrólogos e uma variedade de gurus. Quem nunca consultou um horóscopo? O esoterismo permanece em alta. E, para acalmar a consciência, muitas vezes as pessoas buscam respaldo nas palavras de Jesus.
Contudo, Jesus nos alerta: “Cuidem-se; não se deixem enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘sou eu’; e ainda: ‘o momento está próximo’. Não os sigam”.
No Evangelho de Mateus, ele destaca ainda: “surgirão falsos Cristos e falsos profetas, que realizarão grandes sinais e prodígios, a ponto de enganar até mesmo os escolhidos”. São Paulo também menciona que Satanás se disfarça como um anjo de luz.
Fomos chamados a resistir a essas tentações de buscar sinais estranhos e fantásticos. Nosso futuro não está escrito nos astros, nas cartas, nem nas linhas das mãos. Nossa esperança futura, que deve ser abraçada já no presente, reside em Jesus, um futuro eternamente presente que nos compromete nesta vida, conforme nos instiga a segunda leitura.
Procuramos sinais? Temos apenas um: a morte e ressurreição de Jesus, oferecidas em cada Eucaristia: são a prova definitiva do amor de Deus por nós. É verdade que este sinal só pode ser reconhecido na fé. Jesus mesmo se questionou: “Quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé na terra?”.
Revitalizar nossa fé, reencontrar a proximidade com Jesus: “Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé!”, deveria ser nossa principal preocupação e compromisso.
Que assim seja durante esta semana, quase encerrando o terceiro ciclo litúrgico. Busquemos redescobrir o dom da fé com entusiasmo, testemunhando-a com coragem e esperança nos ambientes que frequentamos.
Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org
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