
A acadêmica Sílvia Mangerona destaca a importância de um Estado subsidiário, que apoia e reconhece o papel das famílias e das comunidades na sociedade.
Lisboa, 06 de outubro de 2025 (Ecclesia) – A professora Sílvia Mangerona comentou à Agência ECCLESIA que a “família é o primeiro recurso da sociedade”, sustentando um modelo de Estado subsidiário que envolve e responsabiliza entidades governamentais intermediárias, com ênfase nas autarquias.
“Como politóloga, afirmo que, ao contrário da percepção comum, as eleições autárquicas são as mais significativas, pois estão mais próximas dos cidadãos”, declarou.
Para a docente de Ciência Política da Universidade Lusófona, “as eleições autárquicas exemplificam a natureza da proximidade, reunindo a comunidade e atendendo aos seus desejos, necessidades e objetivos”.
“Cada um de nós é singular e insubstituível. Essa característica nos confere uma responsabilidade maior de participar, pois a nossa ausência não pode ser preenchida por mais ninguém”, ressaltou.
Sílvia Mangerona é autora da obra “Subsidiariedade: Doutrina Política e Modelo de Estado”, que apresenta os resultados de sua pesquisa de doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais, realizada no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Ela defende a ideia de um Estado subsidiário, onde cada cidadão, junto com suas famílias e comunidades, deve assumir suas obrigações.
“O conceito de Estado subsidiário que defendo nesta investigação envolve a proteção dos princípios da subsidiariedade. Esta noção, ao reconhecer as responsabilidades inerentes a cada nível de organização, também é um importante defensor da limitação do poder do Estado”, afirmou.
Para Sílvia Mangerona, “a família, enquanto unidade fundamental da sociedade, assim como as comunidades intermediárias, têm tanto o direito quanto o dever de assumir suas responsabilidades”.
A politóloga acredita que o Estado “não deve assumir o papel de substituto”, mas sim atuar de forma “subsidiária”.
“Ser subsidiário implica uma efetiva descentralização – as autarquias representam isso, sendo entidades territoriais descentralizadas – e significa reconhecer que o verdadeiro poder e a responsabilidade estão nessas organizações mais próximas do cidadão”, salientou.
A entrevista com Sílvia Mangerona foi transmitida no programa Ecclesia nesta segunda-feira, na RTP2, em virtude das eleições autárquicas agendadas para o dia 12 de outubro, que se aproxima.
PR
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