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DF-17: o projeto hipersônico da China que representa o ‘xeque-mate’ final ao domínio bélico americano

De maneira discreta e com pouca atenção da mídia, os principais especialistas em defesa do Pentágono estão reconhecendo que a
DF-17: o projeto hipersônico da China que representa o ‘xeque-mate’ final ao domínio bélico americano

De maneira discreta e com pouca atenção da mídia, os principais especialistas em defesa do Pentágono estão reconhecendo que a China superou os Estados Unidos em um aspecto crítico: o desenvolvimento de armamentos hipersônicos, apesar da notável disparidade nos orçamentos defensivos de ambas as nações.

Pequim investiu em torno de 10 bilhões de dólares na criação não apenas de um sofisticado sistema de armas hipersônicas, mas de toda uma infraestrutura de suporte. Essas armas foram posicionadas ao longo de sua área de defesa, focada em negar acesso ao espaço aéreo dos inimigos, especialmente no Mar da China Meridional (MSC), onde podem ameaçar bases aéreas e porta-aviões da Marinha dos EUA.

O DF-17 (Dong Feng-17), conforme reportado pelo site ‘National Interest’, é um sistema de mísseis balísticos de médio alcance desenvolvido pelo Exército de Libertação Popular da China (PLARF). Destaca-se por ser uma das primeiras armas hipersônicas operacionais do planeta, tendo sido apresentada durante o desfile militar de comemoração do 70º aniversário da República Popular da China em outubro de 2019, com relatos de que entrou em serviço na mesma época.

Este míssil móvel, que utiliza combustível sólido, proporciona à PLARF a capacidade de manter a arma em sigilo. Seu sistema de lançador e transportador (TEL) permite rápida mobilização, possibilitando uma tática de “atirar e fugir” para evitar ser detectado e sofrer retaliações.

Pesando 14.500 kg, o míssil de dois estágios lança um veículo planador hipersônico (VGP), chamado DF-ZF, a altitudes próximas ao espaço antes de retornar ao alvo em velocidades hipersônicas. O sistema foi projetado para realizar manobras significativas enquanto atinge essas velocidades extremas, tornando quase impossível para os sistemas modernos de defesa aérea interceptar o VGP antes que ele atinja seu objetivo.

O DF-17 tem um alcance aproximado entre 1.800 e 2.490 km, tornando-o ideal para ataques em profundidade na região do Indo-Pacífico. Bases militares nord-americanas em Guam, Japão, Coreia do Sul e Filipinas estão todas dentro desse alcance. As velocidades podem ultrapassar Mach 5, com alguns relatos sugerindo que o míssil pode chegar a Mach 10 em certas fases do seu voo.

Implicações do míssil DF-17 em um eventual conflito

Em um possível confronto de alta intensidade entre a China e os EUA no Pacífico Ocidental, a existência do DF-17 pode transformar o equilíbrio de poder militar a favor da China. Esses benefícios seriam particularmente evidentes nas fases iniciais de tal conflito.

É evidente que a China precisaria ir além de se resguardar com suas defesas A2/AD, já que há outras capacidades nas mãos dos americanos e de seus aliados. Contudo, o DF-17 certamente tornaria as operações para as forças americanas na região muito mais desafiadoras e pode ser um fator decisivo, caso outras capacidades militares chinesas correspondam ao esperado nas primeiras fases do conflito.

Nas primeiras horas de uma guerra entre os EUA e a China, o DF-17 teria potencial para neutralizar pistas em bases como Kadena, no Japão, ou Andersen, em Guam. Além disso, o lançamento de múltiplos mísseis contra grupos de ataque de navios de guerra americanos em operação dentro do alcance do DF-17 poderia resultar em um ataque suficiente para ultrapassar quaisquer defesas que esses porta-aviões tenham.

Dessa forma, a primeira perda em um eventual conflito com a China poderia ser um dos renomados porta-aviões dos Estados Unidos. No mínimo, a estrutura essencial para decolagem poderia ser comprometida, tornando o porta-aviões incapaz de operar em combate, o que representaria uma derrota significativa sob a perspectiva de Pequim.

Em resumo, o DF-17 fortalece a capacidade da China de impor custos elevados a qualquer operação militar americana na área de atuação desse armamento, potencialmente dissuadindo intervenções ou obrigando os EUA a lutarem a uma maior distância, o que diminui sua efetividade. Neste momento, os Estados Unidos estão consideravelmente atrás dos chineses — e o tempo para reverter essa situação está se esgotando.

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