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Diocese comemora protetor Santo Agostinho e reflete sobre o desafio das «novas inovações e saberes»

D. José Ornelas enfatizou que Agostinho era um «homem repleto de indagações», reconhecendo que «sem dúvida, foi uma das mentes
Diocese comemora protetor Santo Agostinho e reflete sobre o desafio das «novas inovações e saberes»

D. José Ornelas enfatizou que Agostinho era um «homem repleto de indagações», reconhecendo que «sem dúvida, foi uma das mentes mais brilhantes de sua época»

Leiria, 29 de agosto de 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Leiria-Fátima comemorou na última quinta-feira a festividade litúrgica de Santo Agostinho, um dos principais padroeiros da igreja local, que, segundo o bispo diocesano, hoje nos propõe um desafio no uso das novas ciências e tecnologias.

“Agostinho sempre uniu fé e razão. Uma razão iluminada pela fé, que confere um novo significado às realidades. Esse é o desafio que ele nos apresenta na atualidade, com as novas ciências e tecnologias”, declarou D. José Ornelas durante sua homilia na celebração, realizada na igreja dedicada ao santo, localizada no centro de Leiria, conforme informado pela diocese.

Segundo o bispo, “não se trata de rejeitar essas inovações, mas sim de colocá-las a serviço da construção de um mundo que não nos desvie do que realmente importa”.

D. José Ornelas recordou a trajetória de Santo Agostinho, que encontrou Deus aos 32 anos, refletindo sobre o tempo que havia perdido: “tarde te conheci, meu Deus”.

“Sem dúvida, ele foi uma das mentes mais brilhantes de sua época. Não é apenas o autor de obras que fundamentaram a Igreja em períodos de grandes transformações no mundo e na própria Igreja”, ressaltou.

O bispo de Leiria-Fátima também mencionou a contribuição decisiva de Santa Mónica, mãe de Agostinho, cuja perseverança em oração acompanhou a conversão do filho.

“Ele era um entusiasta da ciência, do pensamento, um filósofo, advogado, uma figura jurídica com amplo conhecimento sobre os saberes de seu tempo, e se destacou em tudo isso. Mas o que realmente o cativou e deu propósito a sua vida foi o amor de Deus. Um amor que ele percebeu desde suas origens até os dias atuais”, enfatizou.

D. José Ornelas evoca Santo Agostinho como um homem cheio de perguntas, que “demorou a compreender o chamado de Deus”, mas, “uma vez que encontrou a verdade, sentiu a necessidade de organizá-la racionalmente”.

“A fé, conforme dizia, não é algo que leva ao abandono do conhecimento para crer. Ele carregava consigo todas as suas dúvidas, mas agora encontrava novas respostas. O crente não fecha os olhos, mas os abre para compreender tudo. E, ao final, reconhece que, na verdade, nada sabe”, observou.

Com base no Evangelho, o bispo enfatizou que “se alguém pode ser chamado de mestre, esse alguém é Agostinho”, adiantando que, apesar da presença de outros grandes mestres de sua época, o padroeiro jamais deixou de se ver como um discípulo: “Não por falsa humildade, mas porque assim se abre o espaço para aprender mais, para reconhecer que Deus é sempre maior e nos impulsiona a ir mais longe”.

D. José Ornelas também destacou a importância da dimensão comunitária do ministério de Agostinho, que encarou seu episcopado como um serviço de comunhão, em colaboração com os presbíteros e as comunidades.

“É essa a Igreja que Agostinho nos ensina a ser: uma comunidade de irmãos e discípulos, unidos pelo batismo. Ele mesmo dizia: ‘convosco sou cristão, para vós sou bispo’”, sublinhou.

Ao final da homilia, D. José Ornelas incentivou cada fiel a renovar a alegria de viver a fé e de construir a Igreja à semelhança de Santo Agostinho.

“A alegria de viver ao Teu lado. A alegria de participar e edificar a Tua Igreja. Que o Senhor nos auxilie a viver algo do que viveu Santo Agostinho, que nos deixou como legado e desafio”, concluiu.

Santo Agostinho (354 – 430), que nasceu na Argélia, destacou-se como um dos teólogos e filósofos mais importantes dos primórdios do cristianismo, sendo um dos dois padroeiros da Diocese de Leiria-Fátima, junto com Nossa Senhora de Fátima.

LJ/PR

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