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Escola Católica: Mensagem «Traçar novos caminhos de otimismo» irá sinalizar «nova etapa» na perspectiva sobre as iniciativas pedagógicas.

“Identificamo-nos na teoria e na prática, na intenção e na execução, exatamente aquilo que o Papa define como os grandes
Escola Católica: Mensagem «Traçar novos caminhos de otimismo» irá sinalizar «nova etapa» na perspectiva sobre as iniciativas pedagógicas.

“Identificamo-nos na teoria e na prática, na intenção e na execução, exatamente aquilo que o Papa define como os grandes fundamentos”, declara Fernando Magalhães.

Lisboa, 30 de outubro de 2025 (Ecclesia) – O líder da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) destacou que a carta do Papa Leão XIV sobre a educação “é profundamente motivadora”.

“É um texto extremamente inspirador. Este documento deverá iniciar uma nova fase na nossa abordagem aos projetos educativos. Ele valida em grande medida as nossas intenções e ações, ao mesmo tempo que renova nosso entusiasmo e sugere novas possibilidades”, afirmou Fernando Magalhães em entrevista à Agência ECCLSIA nesta quinta-feira, 30 de outubro.

O Papa divulgou a carta apostólica ‘Desenhar novos horizontes de esperança’, que celebra o 60.º aniversário da ‘Gravissimum Educationis’, publicada durante o Concílio Vaticano II, na terça-feira, 28 de outubro.

Leão XIV assinala que “a escola católica representa um espaço onde fé, cultura e vida se entrelaçam”, e o dirigente da APEC enfatiza que essa interligação é o que desejam promover: “é prejudicial se isso não ocorrer”, e se empenham para que “a cada dia, isso aconteça um pouco mais e de forma melhor”.

“Ao examinar o documento, percebemos que estamos alinhados na teoria e na prática, na intenção e na execução, exatamente no que o Papa destaca como pilares fundamentais: A formação integral do ser humano é uma constante, e é neste contexto que se deve localizar a Escola Católica; se não estiver lá, não se encontrará em nenhum outro lugar”, explicou.

O novo texto sobre a educação adverte que uma universidade ou escola católica “sem uma visão clara pode cair no eficientismo vazio, na padronização do saber, levando a um empobrecimento espiritual”.

Fernando Magalhães, diretor do Externato Frei Luís de Sousa, da Diocese de Setúbal em Almada, ressalta que o Papa Leão XIV “busca combater” o eficientismo, priorizando em seu discurso a “pessoa, pessoa, pessoa”.

“Sempre analiso esses documentos com profundo respeito, considerando que um texto como este, sobre a educação destinado à Igreja Universal, requer um alinhamento, pois nossas realidades são muito distintas das realidades da África, da Ásia, e não podemos interpretar este documento apenas através de uma perspectiva europeia. Aqui temos uma realidade escolar específica, enquanto lá existe outra”, complementou o entrevistado.

O presidente da APEC ressalta que Leão XIV, “em continuidade com o Papa Francisco”, destaca o Pacto Educativo Global, que deve continuar sendo a “estrela guia”, e aos sete compromissos iniciais, adiciona três novos: vida interior, paz e o uso de tecnologias, que se identificam claramente com a “especificidade da educação cristã e da escola católica”.

“Ele salienta duas questões em particular: primeiro, a relevância do digital em nossas vidas, sem evasões, mas sempre destacando a dignidade humana e o valor da pessoa. Além disso, adverte contra a tecnofobia, estabelecendo uma clara oposição a medos relacionados à tecnologia. Não podemos fechar os olhos para essa realidade e reagir de maneira temerosa”, explicou Fernando Magalhães.

“Este documento precisa se posicionar em relação à Igreja Universal e ao mundo, e de fato possui uma linguagem na qual conseguimos nos reconhecer. Posso afirmar que não nos sentimos alienados em nenhum desses pontos, mas também nas extremidades do mundo, seguramente, essas grandes direções também serão reconhecidas.”

A carta apostólica ‘Desenhar novos horizontes de esperança’, que celebra o 60.º aniversário da ‘Gravissimum Educationis’, foi assinado na segunda-feira, 27 de outubro, na Basílica de São Pedro, durante uma breve cerimônia que precedeu a Missa de abertura do Jubileu do Mundo Educativo, acompanhada pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé.

PR/CB/OC

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