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Patriarca revela um «pacto com a urbe», que «surge da essência humana e cristã»

Iniciativa jubilar congrega líderes da política, Judiciário, Forças Armadas e Segurança Lisboa, 13 de setembro de 2025 (Ecclesia) – O
Patriarca revela um «pacto com a urbe», que «surge da essência humana e cristã»

Iniciativa jubilar congrega líderes da política, Judiciário, Forças Armadas e Segurança

Lisboa, 13 de setembro de 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou um “pacto com a cidade”, fundamentado “essencialmente na condição humana e cristã”, e que “não pode abrir mão de três ações”, durante uma reunião que incentivou os participantes a renovarem seu compromisso “com a edificação da cidade”.

“Todos somos convocados a cuidar do nosso lar comum e, por isso, a nos comprometer com a nossa cidade. Assim, a cidade transforma-se não apenas em um espaço a ser habitado, mas em uma manifestação do próprio ser humano. Por essa razão, todas as questões relativas à cidade são, na verdade, questões antropológicas”, destacou D. Rui Valério, na saudação inicial do Jubileu das Autoridades, neste sábado, 13 de setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O patriarca de Lisboa esclareceu que o compromisso diocesano “surgem do cerne da condição humana e cristã”, enfatizando que o ser humano “não pode viver desconectado da sua cidade”, que é o local privilegiado “para a realização da sociedade e o alcance de suas metas”.

O Patriarcado de Lisboa está promovendo o ‘Jubileu Compromisso com a Cidade’, que reúne líderes da política, Judiciário, Forças Armadas e Segurança, como parte da iniciativa diocesana do Ano Santo 2025, que a Igreja Católica dedica ao tema da esperança.

“A cidade é um terreno de esperança. Desde o seu nascimento, sempre acolheu pessoas de diversos lugares, em busca de uma vida melhor. Proporciona oportunidades a todos, jovens e idosos. Desejamos que a nossa cidade continue a nutrir essa mística.”

D. Rui Valério mencionou que o “compromisso com a cidade” do Patriarcado de Lisboa “não pode descartar três ações fundamentais”, sendo a primeira a implementação de uma visão integral do ser humano, que “não limita a riqueza de sua identidade à mera dimensão psicossomática, mas o reconhece como um ser aberto à transcendência”.

“Em segundo lugar, devemos promover e proteger o valor da pessoa. É fundamental olhar para cada rosto não como um anônimo ou um adversário, mas como um irmão. A aplicação dessa determinação é o primeiro passo para a edificação de uma verdadeira civilização”, afirmou D. Rui Valério, acrescentando, em terceiro lugar, que “a cidade, antes de mais nada, é uma questão de relações”.

“É imperativo relembrar que a vocação primordial do homem, enquanto ser relacional, só se concretiza no encontro com o seu semelhante, onde realiza sua mais profunda e verdadeira identidade; portanto, a cidade é, antes de tudo, uma questão de relações”, explicou sobre o terceiro ponto.

D. Rui Valério ressaltou que Lisboa tem forjado sua identidade “não só à luz de sua geografia”, que a torna um porto de acolhimento para quem chega “e abrigo para aqueles que a buscam, além de ter uma posição privilegiada que a configura como ponto de partida para novas iniciativas, caminhos e horizontes”, mas que sua identidade mais profunda “foi construídas principalmente à sombra de sua alma cristã que, desde o século IV, a impulsiona e revigora”.

O patriarca observou ainda que a capital lusa “tem enfrentado muitas tragédias ao longo de sua história”, sendo a mais recente o acidente com o elevador da Glória – “observamos surgir do deserto da dor, da seca da perda de entes queridos, da dureza do metal amassado uma flor de compaixão” – que deve se estender também “a lugares de injustiça e guerra, como a Ucrânia e Gaza”.

A celebração jubilar contou com a presença do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e do presidente da República Portuguesa, entre outras figuras importantes.

O patriarca de Lisboa iniciou sua fala agradecendo a “presença, experiência e sabedoria” do cardeal Pietro Parolin, que propicia “uma profunda união com o Papa Leão XIV”, enriquecendo o Jubileu das Autoridades “com a contribuição de sua oração e reflexões”.

CB

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O evento foi concluído com a celebração da Missa, na igreja paroquial de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na capital portuguesa.

D. Rui Valério mencionou, ao cumprimentar o secretário de Estado do Vaticano, que sua presença em Lisboa representava “união com o Santo Padre e com a Igreja universal”.

“Um episódio especialmente significativo dessa comunhão com o Santo Padre ocorreu durante a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023: o Patriarcado abriu suas portas para acolher pessoas e também sentiu um impulso missionário para testemunhar Cristo vivo”, afirmou.

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